04 agosto 2009

Tropa de Choque

Com o apóio do Palácio do Planalto, os aliados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), voltaram do recesso "brigando" com a oposição, que pede a renúncia do presidente do Senado. O próprio Sarney, que na última semana informou aos aliados que talvez renunciasse, mudou de idéia. Ao sair do Plenário na noite da última segunda-feira negou que deixará o cargo. "Isso não existe, isso não existe", repetiu ele.

Na sessão de segunda-feira, os aliados de Sarney revelaram abertamente que preparam "dossiês" sobre senadores da oposição. Além disso, "vazaram" denúncias de irregularidades praticadas por desafetos do presidente da Casa. "Eu peguei todos os atos. Xeroquei do original. Tem a assinatura de cada um dos líderes lá avalizando as atitudes tomadas pelo presidente. Eu tenho os documentos", avisou Wellington Salgado (PMDB-MG), aliado de Sarney.

O discurso do senador Pedro Simon (PMDB-RS) também causou alvoroço na Casa. Ele pediu a renúncia de Sarney da presidência e acabou batendo boca com Renan Calheiros (PMDB-AL) e com o ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL). Contudo, minutos antes de o clima ficar mais tenso no Senado, Sarney saiu e se recolheu a seu gabinete. "Estou com um espírito muito bom. Nunca deixei de estar confiante", afirmou, ao ser indagado se estava tranquilo para enfrentar os 11 pedidos de investigação protocolados no Conselho de Ética.

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