19 outubro 2009

"Pânico" no senado - Suplicy barra divulgação de cena da sunga

O senador Eduardo Suplicy foi rápido no gatilho – ou pelo menos o mais rápido que conseguiu. Negociou junto à direção do programa “Pânico na TV” (Rede TV) a não exibição das imagens em que aparece vestindo uma sunga vermelha sobre o terno, que iriam ao ar neste domingo.

Em relato por escrito encaminhado à imprensa, Suplicy descreve as circunstâncias em que a situação ocorreu. Explica que foi abordado pela apresentadora Sabrina Satto, que lhe perguntou se havia super-heróis no senado. Ao longo da conversa, ao defender a implantação de seu principal projeto, o Programa Renda Básica da Cidadania, foi chamado de herói por Sabrina.

A moça lhe presenteou com uma sunga vermelha, como a do Super Homem, e “insistiu, de maneira muito amável” – segundo relato do senador – que ele a vestisse.

“Estou de acordo, conforme tantos amigos me disseram, que teria sido melhor não ter atendido o insistente apelo de Sabrina”, afirma agora o senador.

Suplicy conta que procurou os responsáveis pelo programa, assistiu às cenas editadas, e pediu que o material não fosse veiculado. “Eles resolveram atender o meu pedido, sobretudo porque afirmaram que de maneira alguma tiveram a intenção de provocar qualquer ofensa ou diminuição da minha imagem ou do Senado Federal.”

O senador demonstra que não gostou da reação do colega Romeu Tuma, Corregedor do Senado: “antes mesmo de conversar comigo, anunciou que poderia abrir uma sindicância para averiguar se houve qualquer ofensa ao decoro parlamentar de minha parte.”

Suplicy tenta evitar dano maior à sua imagem, com a exibição das cenas na tv, mas a esta altura o material já virou sucesso na internet. E pode representar um prejuízo importante para o senador, se explorado por adversários em campanhas eleitorais. Realmente, lamentável.

Já no senado, uma operação deixa-disso deve ser promovida em nome do bom senso e do corporativismo, sob o argumento de que pior seria para a instituição dar ainda mais publicidade às imagens, que o próprio Suplicy barrou, em claro sinal de arrependimento.

Depois do episódio do cartão vermelho, a sunga vermelha. Um terceiro evento pode ser fatal para o petista, aos olhos do eleitorado mais qualificado que o respeita. Se é que este último episódio já não o foi.

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