07 julho 2009

Bandeiras Queimadas

Bastaram oito anos de poder e eles queimaram suas bandeiras. Todas, nada sobrou. Algumas, incineradas acertadamente. Como as bandeiras que empunhavam contra o Plano Real, a estabilidade monetária e a autonomia do Banco Central. Também, a bandeira do "fora FMI" (agora, orgulhosos sócios pedindo um super FMI) e contra as privatizações (agora, a levam até aos aeroportos que lidam diretamente com vidas, porém, envergonhados, buscam outras denominações). Noutras, o acerto foi parcial. Até ontem, exigiam a estatização dos bancos, hoje lhes garantem lucros astronômicos, como "nunca antes". Até ontem eram contra o assistencialismo (qualquer ajuda aos pobres amortecia a consciência de classes), agora, com outros nomes, o defendem com unhas e dentes.Mas realmente grave são as cinzas ds bandeiras que antes brandiam contra a corrupção (aliás, eram eles e o partido os únicos éticos) e que, depois, passaram a usá-la sistemática e desbragadamente.Capítulo à parte, as bandeiras que eram agitadas contra as oligarquias, fonte de tudo que havia de ruim. Hoje são aliados subservientes do ícone nacional. Falta apenas o refrão: Ei! Ei! Ei! Sarney é nosso Rei!

(Antonio Augusto d´Avila)

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