28 julho 2009

Nem o PT atura mais o Lula

Senadores do PT não demoraram ontem para reagir à estratégia do Planalto de minimizar o apoio da bancada ao afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Algumas horas após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reunir a coordenação política do governo para discutir a nota do líder Aloizio Mercadante (SP), petistas não apenas reforçaram a proposta de licença, como cobraram do governo que respeite a posição. Sem economizar nas críticas, o senador Flávio Arns (PR) disse que a posição da bancada é "totalmente contrária" à do presidente Lula, mas nem por isso pode ser desconsiderada. "A bancada é uma coisa, o presidente da República é outra." As críticas mais duras, entretanto, foram endereçadas ao ministro José Múcio Monteiro (PTB), que fez o papel de porta-voz do encontro. Arns disse que o ministro teve uma postura "absolutamente equivocada" ao dizer que o pedido de licença refletia a vontade de "um ou dois senadores". "Repudiamos declarações desta natureza, que só fazem colocar a bancada numa posição que não condiz com o que a sociedade espera de nós."

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