02 setembro 2009

CPI começou mal

Durou três horas a primeira reunião da nova CPI dos petralhas. Seria para deliberar sobre as formalidades na condução dos trabalhos, cujos encaminhamentos a presidenta, a carrancuda Stelona Farias (PT), requer para si, e o relator, Coffy Rodrigues (PSDB), entende ser sua atribuição.

Durante três horas, ouviu-se argumentações de parte a parte. Alguns evocaram a tradição, outros, o regimento interno. Paulo Melancia (PDT) socorreu-se do Aurelião para definir o que é “relator” e o que é “presidente”. Foi achincalhado.

Por vezes, a coisa ficou engraçada, como a provocação do deputado Luciano Azevedo (PPS) de que o new look de Stelona, ao estilo Chanel, havia lhe caído muito bem. O mesmo Azevedo que, diante de uma careta feita pela presidenta, bradou: “não faça cara feia! O mesmo respeito que lhe temos, exigimos de V.Sª”.

Foi apartado por Elvino Bohn Gass (PT), que pediu que a fala fosse excluída da ata, mas calou-se em seguida, quando o deputado Pedro Pereira (PSDB) garantiu que nesta quarta-feira encaminharia requerimento para que o ex-tesoureiro do PT, Paulo Salazar, seja ouvido na CPI. Bohn Gass, visivelmente ruborizado, não pediu mais a palavra.

Era para ser uma reunião de deliberações. Embora Coffy tenha apresentado um plano de trabalho completo, Stelona pareceu dar de ombros. Ignorou-o. Não disse que acataria, nem que continuaria a conduzir a CPI com a mão de ferro que caracterizou suas atitudes nas comissões da Assembleia Legislativa que presidiu.

Não vai haver consenso. Menos mal que uma das proposições de Coffy – de limitar o tempo das perguntas a três minutos – foi aceita, não sem esperneios da oposição, que na CPÌ do Detran se fartou de fazer discursos de 45 minutos e perguntas de dez segundos.

Essa CPI vai ser dura

Por outro lado

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