01 setembro 2009


Não seja burro, José Serra.
A campanha de 2010 está pronta e começou ontem. E o golpe petista se chama Petrobras. Lula está dando corda para a oposição se enforcar. Ontem, no seu discurso, reviveu a Petrobrax, trazendo de volta, sutilmente, a marca da privatização tucana. Em vez de Serra ir levar rasteira em reunião na calada da noite, deveria assumir o discurso ufanista de Lula em relação à monumental,espetacular, incrível e miraculosa riqueza do Pré-Sal. Propor a nacionalização completa da Petrobras, por exemplo. Propor que todo o dinheiro seja usado para acabar com a fome no país. Propor uma caravana pelo país para discutir com as comunidades de base e os movimentos sociais. Propor que o dinheiro se transforme em hospitais, principalmente em hospitais, já que saúde é a sua marca e a pior ferida deste país injusto. Para que ninguém morra de gripe suina, sem direito ao Tamiflu. No entanto, José Serra prefere defender São Paulo. Os royalties do rico São Paulo. Prefere dizer que o Pré-Sal só vai dar dinheiro daqui a 20 anos. É completa falta de sensibilidade política. O que o Maranhão, o Acre e a Paraíba pensam de São Paulo? Acham São Paulo mais pobre ou se aboletam em ônibus para mudarem para a terra dos sonhos? Defenda o Brasil, José Serra. Seja candidato a presidente, governador. São Paulo que se exploda, candidato. Ou que continue feliz com o seu segundo mandato, quando o senhor nos deixará em paz com a sua insistência teimosa em ser presidente do país. A Petrobras é o tema central da campanha de 2010. Ou a Petrobrax, como os tucanos chamavam. Ofereça mais do Lula e Dilma. Prometer é fácil e é o que vai decidir a eleiçao. Não seja burro, José Serra!





Da Folha:

O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), disse ontem, em palestra a tucanos, que contra uma candidata como a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) o partido "não tem o direito de perder as eleições". Foi uma maneira de cobrar mobilização. Guerra disse que "toda vez que a ministra apareceu, ela diminuiu". "Dilma falando nos ajuda". O tucano afirmou, porém, que o PSDB tem problemas a resolver. Usando a campanha de Geraldo Alckmin, de 2006, como exemplo, ele se queixou da falta de empenho de democratas onde o presidente Lula exercia liderança. "Democratas nos apoiaram. Mas democratas e os tucanos fizeram muito pouca campanha", disse ele, segundo quem, em alguns lugares, a aliança foi "entre aspas".

Nenhum comentário:

Postar um comentário