14 dezembro 2009

Minc analisa irregularidades no repasse de dinheiro para UNE

OMinistério da Cultura está analisando a denúncia sobre irregularidades no repasse de recursos para a União Nacional dos Estudantes (UNE). Segundo o Estado de domingo, 29, a entidade não teria prestado contas de um convênio em que recebeu dinheiro da pasta para produzir um documentário e um livro sobre a história do movimento estudantil. Também teria fraudado um orçamento em outro convênio.
Por meio de sua assessoria, o ministério disse nesta segunda-feira, 30, que o processo está "em análise" e que só vai se pronunciar depois que o trabalho for concluído.
Segundo a reportagem, dados do próprios Minc revelam que pelo menos nove convênios celebrados com a UNE, totalizando R$ 2,9 milhões, estão em situação irregular. A análise de dois desses convênios feita pelo Estado mostrou que a organização tomou dinheiro público, mas não disse nem quanto gastou nem como gastou. Ainda de acordo com o jornal, entidade chegou a apresentar documentos de uma empresa de segurança fantasma, com sede na Bahia, para conseguir aprovar um patrocínio para o encontro nacional em Brasília.
Em nota, o presidente da UNE, Augusto Chagas, disse que a entidade está sendo "atacada" pelo jornal e pela mídia que "criminaliza" os movimento sociais. Sobre os convênios realizados com o Ministério da Cultura, a entidade diz que não contratou as "empresas fantasmas" citadas na matéria do jornal.
"Sobre os convênios, o jornal preferiu ignorar as dezenas de convênios públicos executados pela UNE nos últimos anos - todos absolutamente regulares. Ignora também os pedidos de prorrogação de prazos feitos aos convênios citados, procedimento usual e que não tem nada de ilícito", diz a nota da instituição.

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